VÍDEO: MURILO CAMPANHA CONTA ITATINGA

O psicanalista Murilo Campanha fala sobre Itatinga, um dos maiores bairros de prostituição da América Latina, onde ele tem seu consultório.

O nadador

Uma crônica de Hugo Ciavatta.

Ainda que as bolachas falassem

Crônica de Fábio Accardo sobre infância e imaginação

Ousemos tocar estrelas

Uma reflexão de Thiago Aoki.

Entre o amarelo e o vermelho

Uma crônica de Hugo Ciavatta

O homem cordial vinhedense

A classe média vai ao barbeiro. Uma crônica de Caio Moretto.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

"Avisados", sério?

. . Por Caio Moretto, com 0 comentários




Além de explicitar a homofobia de nossa sociedade, a atitude bizarra do cinema de carimbar “avisado” (http://naofo.de/9dt) nos ingressos de um filme com cenas de sexo entre homens também parece revelar uma falácia que tem sido bastante comum nesses últimos dias, sobretudo na política: a falsa ideia de que se você foi avisado, não pode reclamar. 

“O tiranossauro rex mandou avisar que para acabar com a malandragem tem que prender e comer todos otários”, cantou o Jorge Ben. Dilma já avisou (http://naofo.de/9e1) que vai colocar o exército nas ruas, para que ninguém reclame do Estado de Sítio. O ex-reitor da Usp avisou, na Folha de S. Paulo (http://naofo.de/9dv), que a USP precisa rever seu sistema de financiamento, para que ninguém reclame quando a mensalidade chegar. O prefeito de São Paulo “avisou” (http://goo.gl/NlkFCW) que a greve dos transportes “é injustificável”, certamente já pensando nas sanções que irá aplicar, para que não se possa reclamar. E assim seguimos essa semana, “avisados” de todas as injustiças que nos serão impostas, como se o avisar fosse o suficiente para torná-las menos injustas. 

Mas como aqui ninguém está com a bunda exposta na janela para passarem a mão nela, a taça da Copa amanheceu queimada em Teresópolis, os motoristas de ônibus e os professores pararam em São Paulo e as universidades estaduais paralisaram. É que um aviso parece vir do outro lado também. A mídia não quer ouvir, mas ele está aí. E se a indignação seguir proporcional ao tamanho do buraco, em breve a Copa vai ser um mero detalhe.

Aliás, obrigado também a quem avisou que o filme é com o Wagner Moura e que é lindo. Agora dá licença que eu vou pegar um cineminha. ;)


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Filosofia em Jogos Vorazes

. . Por Caio Moretto, com










 





 
















quarta-feira, 7 de maio de 2014

Veja, Globo e o apoio à ditadura

. . Por Caio Moretto, com 0 comentários

Essa semana aprendi, com a Veja, que a campanha #somostodosmacacos acabou o racismo (talvez para sempre) no Brasil, e, com o Globo (http://naofo.de/6hc), que as manifestações do ano passado foram "o marco zero do atual processo de degradação da convivência social" que culminou com os linchamentos públicos de "justiceiros".

O que essas duas mentiras têm em comum?

Ambas se apoiam numa distorcida leitura da sociedade que ignora a história e as relações de poder, reduzindo os problemas sociais a discussões teóricas descontextualizadas.

No primeiro caso, resume-se o racismo à verbalização de uma ofensa discriminatória, deixando subentendido que basta esquecer o problema para que ele deixe de existir, o que, por sua vez, traz nas entrelinhas a ideia de que o racismo só existe porque há movimentos que insistem no (supostamente já superado) problema.

No segundo, da mesma forma, equipara-se a quebra de patrimônio à violência contra pessoas, como se a causa de toda violência no Brasil fosse o clima de insatisfação levantado pelos protestos. Iguala-se, assim, perversamente, a violência à denúncia da violência.

Para a Veja e para a Folha é só matar o mensageiro que todos os problemas sociais estariam resolvidos. Não bastasse à mídia corporativa brasileira não cumprir o papel de exposição dos problemas sociais, ela quer apontar aqueles que de fato lutam pelo não esquecimento e pela superação de nossos problemas como os responsáveis por eles.

Isso é apoiar a criminalização dos movimentos sociais. Isso é defender que não temos problemas sociais e que, portanto, nossos problemas devem ser resolvidos pela polícia e não pela política. Isso é continuar apoiando a ditadura que nunca deixaram de apoiar.

Para se manter informado, hoje, é preciso ouvir os gritos dos excluídos, que a mídia não mostra: os de dor e os de luta.

DG, Amarildo, Cláudia, Douglas, não esquecemos!

    • + Lidos
    • Cardápio
    • Antigos