O primeiro, Caio Vilela que, paralelamente ao seu trabalho de jornalista, quase que como hobby, começou a tirar foto de todas as peladas com as quais se deparava por todo o mundo. A brincadeira tornou-se o livro "Futebol sem Fronteiras", com imagens surpreendentes nos mais inusitados destinos. Ganhou notoriedade há algumas semana ao participar do programas Altas Horas, da TV globo. A entrevista no vídeo abaixo, realizada pela Folha de São Paulo, ajuda a melhor compreender seu trabalho.
ri, muito bem apadrinhado por Juca Kfouri, seu pai, um dos mais renomados analistas esportivos do país. Mas, diferentemente do que os conspiracionistas podem pensar, seu trabalho mostra que o sucesso do filho não é resultado do jabá e curujice do pai. O fotógrafo, que já reformara visualmente a revista Sexy e fora chefe de arte da Caros Amigos, acaba de ser premiado pelo tradicional World Press Photo. As fotos especialmente bem finalizadas, possuem um tom mais artístico, em geral preto e branco, aproveitando muito dos contrastes. Coloco ao lado um aperitivo cujo prato principal pode ser melhor degustado em seu site oficial, no qual eu destacaria a galeria "Várzea II", com fotos simplesmente esplendorosas.
pela mídia, talvez pela falta de apadrinhamento dos autores ou alto valor da obra (em torno de R$150,00), porém não fica atrás das obras anteriores. É uma compição de fotografias desde 1886 aos dias atuais que, complementado pelo texto dos organizadores, recontam a história do futebol brasileiro. Mostra muito bem como no Brasil, qualquer lugar é lugar para uma boa pelada. Deixa um pouco de lado a fotografia glamurosa grandes clubes e grandes torcidas para destacar-se com o futebol do cotidiano, da várzea e do improviso, aquele que efetivamente faz do Brasil o país do futebol. O livro possui fotos incríveis, como a pernas tortas de Garrincha, Leônidas da Silva no alfaiate, Didi andando de bicicleta com Pelé, mas desistam, para mim, nenhuma delas superará a da capa do livro (dir.), um extenso campo de terrão que abriga dentro das suas quatro linhas uma enorme árvore assistindo tranquilamente ao rachão, o qual sequer podemos entender a divisão de times. Mas não se deixem levar apenas pelas imagens, os textos são ótimos e perpassam temas desde racismo até o futebol colocado como cultura nacional.

