- Então cê tá me dizendo que não existe ciência?
- Não...
- Tu disse que tudo é ficção...
- Não, não disse isso... eu disse que tudo que é letra impressa em papel é literatura. Existe um fetiche em relação às letrinhas impressas em papel. Daí que muita literatura vira verdade, ao invés de ser um parecer individual e momentâneo de alguém sobre algo...
- Olhaí... cê tá afirmando sim que não existe ciência.
- Se eu salgar muito o feijão ele fica salgado. Se eu não guardar na geladeira ele apodrece mais rápido. Se eu assentar os tijolos de forma errada a casa cai. Se eu não aguar e adubar minha abóbora talvez ela não vingue. Isso eu posso chamar de ciência... Agora, Ciência Social, cientista social... isso não existe... brisar sobre a vida do outro ou dos outros é arte, é música, poesia, literatura, esporte...
- E é uma coisa que as pessoas fazem desde há uma cacetada de tempo atrás... antes dos institutos científicos nascerem... e não só na ciência social... Dá forma como você coloca parece que a última invenção científica dos laboratórios, dos centros de excelência, da tecnologia "de ponta" são belezinha, e o que é texto, das "ciências sociais" é que é brisa, especulação...
- Pódiscrê... O cientista ganha status... pode ficar cagando reflexões como verdades... como Ciência...
- Falando nisso, tu salgou memo essa porra de feijão, hein!? Qué mata sua mãe?! Sou hipertensa, doido!
- Foi mal... mas a abóbora tá massa...
0 palpites:
Postar um comentário