Ao Saulo, que era gaúcho por inveja e agora é mineiro; ao Renato, que continua gostando de queijo; ao Fábio, que tem covinhas, faz um café horrível, só reclama, choraminga e faz drama, por ser único em organizar bagunças dizendo que fez limpeza, mas também por ser imbatível em cruzada de pernas, caras, bocas e sobrancelhas; ao Thiago, meio japonês, meio paraguaio, completamente barrigudinho e bundudo, corintiano e pagodeiro; ao Rodrigo, de quem é melhor não fazer comentários, porque ele se preocupa; à Rita, que insiste em usar roupas amarelas e torcer para o Palmeiras, defendendo igualmente as formigas e o Brasil; ao André Lopes, que virou advogado, desvirou advogado, e será sempre Malinowski; à Lais, que gosta de gatos, cachorros, plantas e de algumas pessoas; ao Patrick, por nunca ter resolvido as paradas na manhã seguinte; ao Caio, por ser grande; à Mari, pelo Caio, e por ter carregado o Samuel por nove meses; ao Mekaru, por ser japonês, nerd, fofinho, teimoso e por se apaixonar muito facilmente; ao Sydnei, que usava bandana e agora vai de topetinho; à Tatiana, por saber tudo de todos os filmes; ao Thiago Peixe, o maior implicante boa vida que se tem notícia; ao Arthur, cujo apelido não faz o menor sentido, mas nunca perde a piada, por ser elegante, perfumado, e jogar conversa fora como ninguém; ao Felipe, por gostar de Guimarães Rosa e falar campinerês fluente; à Natália, que depois que virou bibliografia e, além do mais, carioca, ficou ainda mais popular, e que faz a cara de assustada mais bonita do mundo; à Fernanda, por ser chique e desfazer falsas impressões; ao Samuel, que eu via pela mãe, Neidmar – e de quem eu sinto muitas saudades; à Thais, por ter cabelos encaracolados e enganar todo mundo dizendo que não fala mais palavrão; ao Ariel, que virou antropólogo, mais que todos nós; à Renata, Aline e Liliane, pelos anos na Moradia, e também à Iona, ao Mário, ao Gabriel, ao Marcelo e ao Piá; ao Cadu, por tocar piano, sanfona, ou algo parecido; à Ruth e ao Peter, por serem gringos e com outro Samuel; à Lara, por ser impossivelmente engraçada; ao Julierme, por não ser cachorro banguela e sorrir por qualquer coisa; ao Lucas, que era só um bebê e, agora, meio sociólogo, mas, felizmente, músico; à Camila, que é japinha mas parece índia, que é linda, vegetariana, zen, budista, hare krishna ou algo semelhante; à Elisa, que é igual à Camila, só que dança, não é japonesa nem parece índia, mesmo que adore uma aldeia e caminhe afundando o chão; à Olívia e ao Xuxa, que, apesar de antropólogos, até podem ser legais; ao Henrique, pai do André, da Clarinha e do Diego, por gostar muito de sociologia e, pelo menos, estudar Simmel; à Luisa, que leva Victória no nome, só gosta de pudim se for de leite, adora bichinhos e vive arrumando um “mas e se?” pra tudo; à Stella, que mexe nos cabelos quando está nervosa e, quando não está, também, e de quem é impossível não pegar no pé; à Roberta, por se confundir desconfundindo; ao Diego, por ser rabugento; ao Julian, que usa óculos grandes, carece de palavras mas sobra em gestos e passos de dança iugoslava; à Ana Carolina, que cai a todo momento, levanta-se, sorri e dança; à Bruna, por ser um mito, uma diva, uma musa; à Aline, que é mãe da Flor; ao Igor, pai da Dorinha, pelas dicas de moda; ao Inácio, por rir de si mesmo; à Patrícia, por fazer assim ¬¬; ao Carlos Eduardo, pelo Cruzeeeeiroooo; à Desirée, por falar xis, xis, xis em tudo; à Mariana, pelas gargalhadas que dá; ao Ernenek, por se vestir igual a mim e ser incomparável na invenção de expressões; ao Bernardo, por ser confuso e pai do Mateus; à Graucia, Glacia, Gracia, Glauciela, Godofreda, ou só Glaucia, anyway, que gosta de frases nos muros; ao Berhman, pela Marie Claire e pelo Clement; à Rapha, porque, cara, mano, tá ligado, issae; à Nanda, oh my...; à Teresa, hasteg ésse dois; à Fernanda, pela Gancho; ao Lucas e aos Felipes, pelos vinhos e queijos, cervejas e amendoins; à Millena, por ter certeza de que era o Álvaro quem atendia a porta; à Luisa, por ter espírito tia; à Helena, por ser chata, dorminhoca, chorona e ridícula; ao Adriano, por ser tagarela; à Lis, por ser boboca - enfim, deu pra entender -, gente: muito obrigado.